Quem são os melhores executivos? Veja o perfil dos melhores executivos do Brasil!
A edição de Executivo de Valor lançada neste mês trouxe os “grandes comandantes de negócios” de vinte e quatro setores da economia, escolhidos por nove dos principais headhunters do país. Além das excelências da seleção, garantidas pelos jurados e laureados, vale conhecer um perfil desse conjunto para sabermos um pouco mais sobre quem influencia os negócios no Brasil.
Uma primeira indagação: qual a faixa etária dominante? Temos que confiar nos que estão acima dos quarenta anos, pois nenhum está sequer na faixa dos trinta. A média está em 52 anos, com um equilíbrio entre as faixas 40 a 50 e 50 a 60. Apenas quatro estão acima desta idade. A idade mínima é de 42 e a máxima de 65. É até possível que alguns tivessem sido presidentes mais cedo em outras empresas, mas para esse grupo de blockbusters, ninguém com menor maturidade.
E a formação educacional? Não há um perfil predominante por tipo de empresa. Ao todo, 13 são engenheiros (cinco com pós em administração/gestão) e oito são administradores, mais um economista e um analista de sistemas. Curiosidade: um deles se qualificou como autodidata o que indica ter, no máximo, concluído o segundo grau. Nas próprias empresas industriais, sete presidentes são administradores e seis engenheiros. Vê-se, portanto, que a época dos empreendedores self made, que construíram negócios ou carreiras sem aprimoramento educacional, está encerrada entre nós. Mudou com a geração.
Outra questão que geralmente chama a atenção é a duração do mandato de um presidente. Nos Estados Unidos, por exemplo, o prazo de validade de um CEO vem caindo sistematicamente nos últimos anos. Lembremo-nos, entretanto, de que estamos apenas olhando um grupo reduzido de executivos vitoriosos. Eles estão no cargo há seis anos, descontados os extremos (23 e 28). A maior incidência relativa está entre quatro e seis anos. Seria interessante observar se os acionistas daqui são mais tolerantes, o mercado menos competitivo e s executivos mais confiáveis. Poucas são as empresas tipicamente familiares, dirigidas por seus proprietários. A gestão, portanto, parece estar mais profissionalizada.
Uma última consideração: a mulher mal chegou neste grupo, pelo menos quantitativamente: apenas uma juntou-se aos 23 homens. Como haverá curiosidade, chama-se Luíza Helena Trajano. Desnecessário enfatizar, a imensa maioria está em São Paulo. Nem vetustos senhores imperiais, nem jovenzinhos irreverentes. Nem intelectuais nem iletrados. Nem missionários carismáticos, nem humildes servidores dos outros. Uma dúvida se suficientemente inovadores como o Brasil precisa. Outra, se estão pensando à frente ou no próximo balanço. Ainda a desenhar seu modelo mental dominante. Todos, no entanto, com uma excelente folha de serviços prestados.